Nostalgia

É deveras uma tortura sentir tanta gastura

Resta-me arrastar o bonde das lembranças,

Abraçar a saudade longe de alguma esperança

E divagar sozinha entre ruas

Quantas paisagens aos redores:

Pares de gente confabulando, conversando

Outros bandos em tribo, apenas rindo

E eu aqui – no exílio que a melancolia convidou a passear

Sinto mesmo um esmo

Falta exata e precisa de te encontrar

Participar da cena que encena alegria,

Prosear de mãos dadas sem lugar para chegar

Me envolver sem querer,

Com pequenos momentos de grandes ausências

Faz de ti uma imagem querida.

A nostalgia é imaculada e volto em mim ainda mais perdida.