MEU RASTRO
A cratera da rua
é a chaga do mendigo
Eu ando sob a marquise imensa
da selva de pedra
e no entanto
não encontro
abrigo
No longo abismo
a breve queda
Não amo você
não venha comigo
Pois a minha corrente
presa a perna
sou eu quem arrasto
Não siga meu rastro
Pois minha bebida de esquina
Para você seria o veneno
de um pequeno
e perverso escorpião
Quisera eu fosse esse
um ser alado
voando assim
o vento sul
que espalha todo o lixo
Caminha o homem
no beco estreito
Na lata azul
bate um coração beato
fora do peito
Meu bem, lamento
mas não tem jeito
de me seguir
Meu bem, lamento
mas não tem jeito
de me seguir
A cratera da rua
é a chaga do mendigo
Eu ando sob a marquise imensa
da selva de pedra
e no entanto
não encontro
abrigo
No longo abismo
a breve queda
Não amo você
não venha comigo
Pois a minha corrente
presa a perna
sou eu quem arrasto
Não siga meu rastro
Pois minha bebida de esquina
Para você seria o veneno
de um pequeno
e perverso escorpião
Quisera eu fosse esse
um ser alado
voando assim
o vento sul
que espalha todo o lixo
Caminha o homem
no beco estreito
Na lata azul
bate um coração beato
fora do peito
Meu bem, lamento
mas não tem jeito
de me seguir
Meu bem, lamento
mas não tem jeito
de me seguir