Fragmentos de um "eu"
Na sala desmoronada, rostos se entrelaçam,
perfis cortados, ângulos agudos,
como se a realidade se fragmentasse,
um jogo de espelhos oxidados,
cores que gritavam, mas não falavam.
Um relógio derretido, tempo em desconstrução,
marcando horas que nunca foram,
em cada tic, um respiro,
em cada tac, um suspiro,
a história se contorce, se esfacela em camadas.
As janelas são olhos,
que olham para dentro e para fora,
um labirinto de pensamentos,
onde a lógica se perde,
e a razão se desfaz em traços.
As mãos, desenhadas em gestos,
agarram o ar, tocam o invisível,
em busca de sentido no absurdo,
na dança da mente,
um corpo que não se encontra.
Estrelas quebradas, flutuam em uma tela,
cada uma uma ideia, um sentimento,
e a luz que emana é a confusão,
um caleidoscópio de emoções,
onde o amor e a dor coexistem.
E no fundo, uma mulher sem rosto,
a essência do ser diluída em formas,
um grito silencioso em um mundo,
que se recusa a ser visto,
em uma sinfonia de fragmentos.
Então, deixemos que a arte se torne caos,
um reflexo do que somos,
pois na desordem, encontramos a beleza,
na desconstrução, a verdade,
em cada fragmento, um novo começo.
Texto produzido pela INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA)