A porta torta
Pela porta torta
Passam as tangentes persistentes
Transpassando o quadrante da lógica
Sem sons e órbitas.
Inês está morta
Sem tempo futuro
Preso no passado, escravo das pegadas
Na pele a marca, hematoma da queda,
São cicatrizes de laminas afiadas
De unhas afiadas
De espinhos cravejados.
Pela porta torta
Não há história
Não há retórica
Fechem a porta torta,
Passem o ferrolho,
Tudo terminou
A lágrima escorreu, atrás da porta torta.