Salão
Meios sorrisos no estômago
Navalhas afiadas da sinceridade
Uma vez me opusera com minhas palavras
Poema chique de versos paridos
De mão corrida, lentas verdades
Exponho minha solidão
Mas não purifica como o aguardente
Que nunca tive a indecência de tomar
De peito aberto, vou ao chão.
Com a alma faminta por abstrações
De pés fincados suportando propósito
Com as solas aterradas, me renovo.
Ambíguo, mortal, com boas intenções
Ao bom homem a mente tortura
Como um apache colecionando seus escalpos
Tomares refúgio da noite fria
Refúgio do açoite de um céu estrelado
Porque o céu, impermeável ao seu jeito
Não ajuda.