Olhar negro ladino

Tomada trova, entornei-a sob o céu

Tombada a cova, embebedei-me de mel

Olho negro ladino

Vertido no estro lírico que narra

A ode e o hino

Da minha poesia

E me parte a profecia

As luzes do seu olhar vibram nos meus olhos

E a sua voz treme no ventre da minha paixão

No solo do seu solo me plantei

Tornando-me seu chão

Meus olhos voam sem direção

Para chegar ao vão

Emaranhou as palavras e me rubricou com escalavras

Passou por mim sua poesia

Via-te em mim nessa sinestesia

Ganhava um verso de cortesia

E assim seria a junção em um só ser

Tez branca que meu tato tranca

Cortando assim a fonte do viver

Lucas Guerra
Enviado por Lucas Guerra em 23/02/2015
Código do texto: T5146792
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