Olhar no espelho
Olho no espelho e as horas passam devagar,
Vejo minhas entranhas transbordarem em furor,
É impossível perceber o tempo galgar,
A estrada do infinito, tomada pelo terror,
De chegarmos ao fim sem a perfeita certeza,
De termos realizado a nossa obra sublime,
Com o afinco e a necessária sutileza,
Com que a nossa alma instigante exprime,
As suas profundas e ocultas inspirações.