Carne crua nos supermercados da vida
Sou invisível, sou invencível, sou política, sou voz!!!!
Venho na calada da noite com beijos de arame farpado
Seco e sem sonhos pra voar
Tão longe de tudo eu sou a voz a chuva
Na tua canção invejo os bichos que bela poesia do vivo poeta
Que está vivo...momentos de fúria e folia
Sou a voz e odeio-te meu amor
Beijos de pedra, flor e espinho
Receba minhas flores do mal
Sou azul, azulão, sou fogo de palha em fios elétricos
Sombras no escuro no supermercado da vida
A noite não acabou nessa cidade fria
Vivo em portos livres, com marcas no pescoço
Comendo vidro e carne crua
Meus bons amigos daqui por diante e sem dó
Guarda essa canção, seremos macacos outra vez
Pergunte ao tio José como a vida é frágil
Amor não me fujas pelas mãos
Nessa loucura sem você
O inferno é aqui!!!