Realeja
Sabe... Eu fiz de tudo
Rodopiei minha saia
Joguei ciranda com os cabelos
No canto da boca lambi açúcar
Exalei açucenas...
E nem assim, saiu da tua boca um sim
Sabe... Eu assobiei como bem-te-vi
Molhei o colo com água da chuva
Deitei na grama e me espalhei
E nem assim, um aplauso ou um beijo
Me veio de recompensa
O realejo não toca sem suborno
Eu não canto, não danço sem ti.