A PRISÃO
Por estas ruas
Que chamo de casa
Pelas rachaduras
Nas calçadas
Se perdem minhas lágrimas
O meu papel agora de vítima
Às vezes ouço sinos
Ao longe se misturando
Com risos dos meninos
É a face que estou sonhando
De olhos bem vendados
Com olhos assustados
Às vezes eu sigo
O som dos sinos
E me perco
Nos meus desatinos
Alguém procurando por fé
Pelas ruas que percorro a pé
Tocam os sinos
Ouço mas não os vejo
Traço o meu destino
Sem saber o que desejo
Procurando a liberdade
A única necessidade