Que mara! Brincar de ser poeta...
Cirandando a cirandinha
Palavreando em criança
Não envergonho a rainha,
Que, na boca encontra dança
E salta pro mundo afora
Com um gesto de esperança.
Poetrusco e poetinha
Como poetar é bom;
Maravilha, maravida,
Mara tudo o que há de dom
Mara até as uvas da vinha
Que já maravilhas são.
Mara rio em mar aberto,
Maracanando a alegria,
Mara até o próprio deserto;
Desertor das cores frias.
Mara já, marando agora,
Mara a própria fantasia.
Mara o pai, o sogro, a sogra
Mara os laços de família;
Mara o tio, mara o sobrinho,
O neto, filho da filha
Mara o bicho, mara o homem
Mara a mulher. Maravilha...