correnteza
O cheiro das Acasias
o perfume os traços.
As palavras fogem os
atos são imaginarios.
Perco os passos, tropeço
em meus machucados pés descalços e
cansandos.
Apavorado prossigo, anestesiado pelo
medo e sem destino.
Lembro do inicio, o cheiro, o jeito,
o falar e o sorriso.
Na sombra do Ype, não paro de pensar em você.
Me perdi e te encontrei. Me encontrei e te
perdi, não me perdoei.
Penso no como ha de ser...
Penso, como iria ser!
Amor que nasceu da paixão e
se transformou em dor. O dó maior
faz um som no acorde e só
me deixa pior.
Peço a Deus que volte contigo,
a minha Jornada.
Te perdi na Correnteza.
Foi embora com a água,
junta com a enchorrada de
meu eu.
Foi para não voltar,
não voltou,
não ventou,
não choveu e
não me levou,
pude por em parenteses,
o que restou.
O que ficou?
Tudo que pretendia ir padeceu,
em um canto da siriema na orla da lagoa
de lagrimas,
que do céu chegou e te arrancou do
berço,
do beco,
da beleza formada pela núvem
carregada de desejos.
O que vejo?
nada, areia,
terra não tem,
mas tem mato
roço a roça a procura de espaço,
minha mente
trabalha quando oxigênio
ainda existe.
Meu corpo trabalha
quando a mente respira,
expira o tempo
limete para prosseguir o meu
caminho,
mais ainda oxigênio existe...
Compulsivo
escravizador de lirios.
Que desmancha em cada
estrofe, assim como
a conrrenteza ensina.