correnteza

O cheiro das Acasias

o perfume os traços.

As palavras fogem os

atos são imaginarios.

Perco os passos, tropeço

em meus machucados pés descalços e

cansandos.

Apavorado prossigo, anestesiado pelo

medo e sem destino.

Lembro do inicio, o cheiro, o jeito,

o falar e o sorriso.

Na sombra do Ype, não paro de pensar em você.

Me perdi e te encontrei. Me encontrei e te

perdi, não me perdoei.

Penso no como ha de ser...

Penso, como iria ser!

Amor que nasceu da paixão e

se transformou em dor. O dó maior

faz um som no acorde e só

me deixa pior.

Peço a Deus que volte contigo,

a minha Jornada.

Te perdi na Correnteza.

Foi embora com a água,

junta com a enchorrada de

meu eu.

Foi para não voltar,

não voltou,

não ventou,

não choveu e

não me levou,

pude por em parenteses,

o que restou.

O que ficou?

Tudo que pretendia ir padeceu,

em um canto da siriema na orla da lagoa

de lagrimas,

que do céu chegou e te arrancou do

berço,

do beco,

da beleza formada pela núvem

carregada de desejos.

O que vejo?

nada, areia,

terra não tem,

mas tem mato

roço a roça a procura de espaço,

minha mente

trabalha quando oxigênio

ainda existe.

Meu corpo trabalha

quando a mente respira,

expira o tempo

limete para prosseguir o meu

caminho,

mais ainda oxigênio existe...

Compulsivo

escravizador de lirios.

Que desmancha em cada

estrofe, assim como

a conrrenteza ensina.

Cipreste
Enviado por Cipreste em 15/09/2011
Código do texto: T3221410
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