JURASSÍCO
14.06.03.
A caneta que ainda escreve
Olhos que ainda apalpam e
A música que ainda diverte
A pupila que ainda dilata
As mãos que ainda provam e
Os sons que ainda brilham
Toda conjugação que dissimulo
A lerda compreensão do nulo e
As mesmices que entorpecem o ar
Um novo dia quase idêntico ao velho
Um tão velho amor quase tão novo que jurássico
A tinta que nunca seca
O plástico que não derrete
O frio que não se aquece
O álcool que envelhece
O rosto que não se esquece!