DIVÓRCIO COM DEUS
04.12.2006.
 
 
Influência cristã em minha peregrinação
Sem hagiografias na “minha” teologia
Mistérios e moralidades
Paganismo pouco depois
Desenvolvera-se entre tantas: a crítica
Nacionalismo sem patriotismo
Desequilíbrio de idéias
Antropocentrismo e exaltação do ego
Divorciava-me de vez do cristianismo
Meu conflito com Deus iniciava-se
Mundo material e espiritual
Disparate entre a razão e a fé cega
Vinha-me a idealização do amor carnal
Melancolia e morbidez
Prazer no raciocínio complexo
Continuava minha maturação
Iluminismo misto de tragicidade
Medo da vida, da morte
Busca pelo equilíbrio
Fugas... fugere urbem
Imersões no abstrato e o respirar arte começavam
Mulheres perfeitas, sensuais e inacessíveis
Egocentrismo num tipo de emoção racional
Fantasias e labirintos
Liberdade total e despreconceitualizada
O bruto interagindo com o esmerilhado
Desapego ao popular, afastamento do simples
Paixões resolutas
Noites, embriagues e cais
Intuição em pleno desenvolvimento
Imagens e música
Muita música gerando imagens
Imagens virando diários
Diários virando uma forma de poetizar
Oposição ferrenha ao sentimentalismo melancólico
Paixões antes resolutas dissolvidas em secas lágrimas
Peripécias alfabéticas, metáforas
Asco pela “sociedade” e o “lugar comum”
Pressa e impaciência
Misto de audácia e temores
Separando defeitos de qualidades
Manias cada vez mais constantes
Mil conflitos e super dosagens de abstrações
Vieram-me de encontro a psicologia e a filosofia
Sociologia em filmes que me fizeram tanto chorar
Objetivos oníricos e subjetivos
Metas e planos no papel aguardando o sinal abrir
Impessoalidade e despreocupação com a “moralidade”; timidamente
Adepto às coisinhas e minúcias
Comparações e observações ácidas
Sem levantar bandeiras ou lemas
Harmonia de braços dados com a desarmonia
Busca despreocupada pela preocupação
Arte pela arte
Inspiração pela inspiração
Desde o início: música, literatura, arte
Perfeccionismo comedido
Subjetivismo
Viver e existir
Felicidade, satisfação
Sustentabilidade dos resquícios de “sanidade”
Irreverência veio juntar-se ao agnosticismo
Curiosa ante a mente humana
Torpor, agonia e nostalgia
Pavor à solidão
Versos livres; sempre os foram
Agora se tornavam também versos brancos
Linguagem tipo “veia”, tipo “flor da pele”
Erupções abruptas e fogo, fogo de palha
Abalos sísmicos em copos d'água
Determinismos intermináveis e indetermináveis
Algum riso ainda, alguma piada ainda
Desapego, sossego
Vieram os livros publicados
Já automaticamente o desprezo pelos tais
Vontade dos inéditos
Vontade de escrever mais!
Marcelo Braga
Enviado por Marcelo Braga em 16/05/2011
Código do texto: T2974071
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