Medo do Tempo
Tempo embutido nas dobras
Que te vergam,
Por que te sinto nas curvas
Dos sulcos da gravidade?
Por que teimas enrugar
Minha capa minha alma
Se perpetuo sentimentos?
Preciso achar meu sopé!
Tempo, dá um tempo!
Não quero olhar-me no espelho
E perder a esperança.
Rebobina a linha desse novelo
Para que me sinta criança,
E aí, sem medo de não ter fé
Olho pro tempo e refuto:
Hei deus, me faz um cafuné!