Martírios da alma
Estrelas que me encobrem a vida
Sei que sois minhas bases do amor,
Têm milhares de cores a regalia,
Pois quero sentir seus desejos à dois.
Ostentar-se em meios costumes de rotina
Nesta porta aberta que tende a fechar,
Obrigo-me a mudar de alvo às pressas,
Para que não venhas me degolar.
Sou o aprisco no seu caderno secreto
Derramo ao vento da flor que brilha no deserto,
Aos demais que se iludem com o sucesso alheio,
Só repasso a agonia de saber
A quem saberás dispor respeito.
Martírios da alma que suscita seu clamor,
Sofre com a dor desta bala perdida,
Ao fazer de ti o desenho mais insatisfeito,
Do que o seu próprio domínio
Frisado no seu reservado conceito.