Não são só palavras...
Balarinas encantadas,
Com seus mil tons
Sempre em nascimento;
Na boca dos poetas têm cores
De sete mil amores,
Com seus prazeres e suas dores,
Seus sentidos deslocados como
Nervos que saem fora,
Contusões que dilaceram
Com as malditas,
Quando são bem ditas.
Quando benditas, são pássaros,
Revoam qual borboletas
Reverberando sonhos
Esquecidos no passado,
No presente e tempo afora;
Nem se sabe quantas,
À revelia, se perderam,
Quantas tritesas e alegrias
Já disseram suas línguas.
Nunca se Sabe quando,
Também, por elas,
Foi criado o universo e a poesia,
Em versos explêndidos;
Ma se sabe muito bem,
Quando são douradas,
Que as ditas, bem ditas
E em tempo certo, e de perto,
estremessem o coração
Do mais intrépido guerreiro
Com a mais sublime poesia,
Que eu diria, que é: Eu te amo...