Ermos do Alverne

Nos ermos do Alverne, sob a sombra e a luz,

Francisco, o poverelo, busca a prece, a paz,

Marcas do céu em suas mãos e pés,

Quatro cravos de dor e amor, tão tenaz.

Cada chaga é o testemunho da transformação,

Do corpo imolado, uma lição viva se faz,

Cristo em Francisco, pleno em conversão,

A dor é a senda que ao amor traz.

O caminho do monte, a vida sem descanso,

A cruz, para ele, é a alegria perfeita,

Nela, o eloquente amor é manifesto e franco,

E o Cristo amado o guia e o enfeita.

No sofrimento, a plenitude se revela,

A vida contemplativa em ação se une,

As marcas em Francisco, a paz revelam,

No seu corpo, a visão do céu se resume.

Através do dinamismo da dor e da entrega,

Um amor profundo, eterno e verdadeiramente sutil,

Francisco se transforma, cada dia, e o céu se eleva,

No corpo, a coroação do divino, um amor tão gentil.

AUTOR: John Ribeiro

John Ribeirof
Enviado por John Ribeirof em 17/09/2024
Código do texto: T8154038
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