A dor dos Seus discípulos
Diante de Pilatos, silêncio
Jesus, sereno, se cala
No silêncio, o amor imenso
A redenção se instala
No horto escuro, a lua vê
Cristo em agonia, cai
Seu suor, sangue de dor
O Filho clama ao Pai
Os apóstolos dormem sós
Pedro, Tiago, João, sem cor
Enquanto Cristo enfrenta a dor
Um beijo selará o amor
O peso do pecado vem
Sobre Seus ombros, um fardo
A traição de Judas fere
O destino, um cruel ato
Pedro chora, o galo canta
Negando o Senhor amado
Seu coração em pedaços
A culpa, um fardo pesado
João, o amado, em dor
Assiste à prisão, sem voz
Seu amor profundo ecoa
Uma canção, um algoz
Tiago sente a incerteza
Um líder, amigo perdido
Cada Apóstolo carrega
Angústia, desditoso sentido
João, aos noventa, chora
Lembra da fuga, errante
Vergonha em seu peito mora
Arrependimento constante
Decimar da Silveira Biagini