IGREJINHA VELHA
Igrejinha velha
Que o tempo não apagou
Foi ali que eu aprendi
A reverenciar o Senhor.
Aos domingos
De vestidos de chita
Na estrada de terra batida
Quilômetros eu andava
Sob a luz de uma candeia.
Reluzia a emoção
Com meus pais e meus irmãos
Marcas cravadas
Nesse coração devoto
Caminhávamos alegremente.
"Eu"
Com um simples chinelinho
Os pés empoeirados.
Ali chegando, de joelhos nós prostrávamos
Agraciando a vida,
Aos pés da cruz
Ouvíamos choros
Agradecimentos e pedidos
Na fé do nobre irmão
Ah! Quantas lástimas
E felicidades juntas
Uma mistura de emoção
Meu coração chorava
Entrelaçando em meio à fé
Vivenciando o poder da bela crença.
Saudades reluzentes
Da Igreja velha
Ancorada dentro mim!