NO ALVORECER DAS MINHAS RETINAS
E pelas cortinas da alma / Que ainda vislumbram no horizonte.../ O balé das cores / Gratidão por desfrutar da vida / Está emoção de sonhos e sabores.
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Se eu pudesse...
Plantaria a árvore do amor
Em todos os quintais do mundo
Se eu pudesse...
Transformaria o ódio do homem
No sonho mais belo e profundo
Se eu pudesse...
Extirparia a cobiça, a inveja, a maldade
E haveria de fazer brilhar
Nos corações dos amargurados
O etéreo sorriso da felicidade
Ah, se eu pudesse...
Tocaria uma canção linda e triste
Na mágica flauta tupã
E haveria de ver lágrimas
Sobre os solos manchados
Dum povo que ainda sonha
Com as glórias do amanhã!
Se eu pudesse...
Faria um poeminha
Ainda que fosse de rimas pobres
Ao intelecto dos insensíveis...
Mas teria a inigualável pureza
Da candura da criança;
A inexplicável simbiose entre poeta e poesia;
E a força invencível do mar e do sol
Que enxuga as lágrimas
Desta padecida humanidade
Mas também reverbera...
A esperança nossa de cada dia!
_Fábio Ribeiro Jan/2017