Rosas à Rita
Segue, o meu trem, pelos vales,
e as montanhas ladeiam a via,
junto ao verde das árvores
e aos voos das canoras aves...
É primavera! Tingidos
em lilás e amarelo, estão,
alguns dos nobres vergéis...
E montanhas sustêm os céus.
Vejo os azuis picos de montanhas
ornados com o brilho do alvo gelo,
ao passo que um rio raso e fino
serpenteia em todo o meu trajeto.
Do gelo provem as águas deste rio
que faz o seu curso nesse vale
condutor ao burgo de Cássia:
lugar das rosas vermelhas e arrojadas,
Medieval recanto em pedras talhadas,
pérola na Úmbria incrustada
pela força de Rita, em sua alma,
santa das impossíveis causas.
Rita, tu foste esposa e boa mãe;
e faltando os teus, no mosteiro consagraste
à causa da fé e da paz social,
a tua existência que, ao Cristo, entregaste.
Nos peregrinos muitos que aqui figuram,
vê-se bem a potência da mulher
que és tu, a perdurar nos séculos;
dado que o amor, no Amor se transfigura
Amor da cruz e da páscoa,
de salvação, vida eterna e luz
Amor e candor que em ti se esmeram
na causa de Cristo Jesus.