Padre Adolfo

Nas trilhas de um vigário

Se acende pequenino

Ele ainda está distante

E vem louvando o Deus Menino

É dezembro em nossa história

Lá se vem o padre Adolfo

Se lembraria, ainda, agora

Se quem vivo ainda fosse

Nas trilhas onde ele pisa

O Padre nem imagina

A floresta é uma amiga

Às mãos bentas, mais ainda

Trazendo um padre brasileiro

Se viu aí a rebeldia

Pensou "Codó" nos derradeiros

E os fez devotos de Luzia

O Evangelho replicado

Era um retrato de excluídos:

Negros e índios neste vale

Uma a Igreja e os desvalidos

Numa clareira aberta em trilha

Não existia a tal BR

59 ainda brilha

Naquela missa de estreia

Santa Rosa, Monte Dourado

Eis o cenário divino:

Santa Luzia exposta em quadro

E a esperança no destino

Adolfo eu vejo o teu legado

Tu em Pinheiro a se dobrar

Já ensaiando o missionário

Que ergueria um novo altar

Trazendo o símbolo ainda isento

De ambições e devaneios

A ICAB é um outro pensamento

Que só servia ao Santo Reino

Quem diria, Padre Adolfo

Que teu épico eclesial

Uniria tanto esforço

Em tua luta contra o mal

São Joaquim, Moíte, Profira,

Vem, Apóstolo do Paruá

Vem por matas desconhecidas

Vinde ao Cristo anunciar

Passai pelas feras bravias

Vencei as distâncias e rezas

Não temas, teu Deus é teu guia

E a santa por ti espera

Padre Adolfo, a tua imagem

A muito nos lembra o Bom Pastor

Erguendo o Pão no aberto vale

Tal como fez Nosso Senhor

Passou o tempo ficou seu nome

Teu feito atinge até as alturas

Vejo a estátua, gênese e sonho

campos, beatas... Nossa cultura!

Gualther de Alencar
Enviado por Gualther de Alencar em 02/04/2024
Reeditado em 02/04/2024
Código do texto: T8033225
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