Um cântico novo põe em minha boca
Um cântico novo põe
em minha boca, e
cantarei ao Senhor
com espírito e verdade.
Faze-me reconhecer o
Deus das formigas, que
ensina-as a preparar-se
para o inverno vindouro.
Um cântico ao Deus que
move os ventos e controla
o caos climático da Terra
enquanto a sustenta sobre nada.
Dá-me, Senhor, um cântico
para reconhecer sua grandeza
no inseto que voa nas manhãs
mais frias e nas frutas que crescem.
O seu espírito vem movendo
as águas e agitando as folhas
dando-nos nossa porção às narinas.
Fôlego de vida a santos e ímpios.
Dá-me, Senhor, um cântico novo
em que o seu nome surja
muito mais vezes que o meu eu
e suas outras criações tenham lugar.
Ensina-me os nomes das estrelas
enquanto não ligo de que
os lírios estejam mais belos.
Dá-me um cântico novo.
As árvores que só nascem aqui
colorindo e dando vida aos mortos.
O campo seco de terra e pó vive.
Grande é o Senhor criador.
Dá-me, Senhor, um cântico novo
Faze-me esquivar da mesmice.
Que seu nome surja
muito mais vezes que o meu eu.