DA INDEPENDÊNCIA A MORTE

O que leva à duvida, senão a falta da certeza?

Por vezes, gritei mentiras ao meu peito e

ao meu coração, sussurrei afirmações que o levaram a acreditar em minhas utopias.

Provido de um falso saber, teci meu caminho longe da verdade.

Pensei ter em mim, todo o necessário para suprir minha fome e sede de conhecimento.

Pobre ignorante fui, mal tinha respostas para minhas pequenas dúvidas, quanto mais, ser detentor do saber.

Não culpo Eva por sua ignorante escolha, ela fora tão incauta quanto eu, que, em face da verdade, optei por cair no mais simples engodo do ego.

Desejei o inalcançável, quando me fora dado o suficiente para me fazer ser por completo.

Tornei-me o grito solitário de um eco escuro, nada via além de mim mesmo.

Abandonei o que me torna eterno para buscar independência em minha mortalidade.

Como pude dar as costas para a verdade suprema, desenhada e escrita em cada canto do universo?

Trilhei caminhos que não eram teus, Senhor, e isso causou-me morte subta.

Mas graças à tua grande misericórdia, pude ver uma fagulha de luz em meio as trevas que me cobriam.

Hoje, não há sombras de dúvidas em mim, diante da certeza gerada por tua verdade.

Liberdade é o que me aprisiona aos teus pés, enquanto me carregas em teus braços repletos de amor.

Xícaras de Prosa
Enviado por Xícaras de Prosa em 07/12/2023
Reeditado em 09/12/2023
Código do texto: T7949091
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