Ave Maria

 

 

Qual alma viril não se curva

ante a suavidade da alma feminil?

Qual força não se aquieta

em paz frente ao fecundo amor maternal?

Ave, graça!

Madre pura de coração.

Ave, semente de amor na face árida da Terra.

Mãos de serva,

mas olhos de rainha.

Mãe das mães.

Abençoa por ti a benção que vem do Pai.

Pois tu mesma já é bendita

por dar-te por teu fruto.

Árvore do Pão da Vida.

Consola a fome dos justos.

Bendita és tu por ter nascido mulher.

Bendita és tu entre todas as mulheres.

A beleza de tua santidade tem os traços da humildade.

E tua graciosidade é tão delicada,

que nem os anjos têm a graça de ti.

A chama de tua alma não queima,

mas é calor de afeto consolador.

O silêncio de tua boca muito diz,

pois, teu sorriso simples encanta.

E neste sorrir parece encontrar-se

com os segredos da criação.

E toda a potência da força

cala-se ante tua delicada beleza.

Sagrada é tua formosura.

Maria de Cristo.

Maria de nós.

Mãe maternidade.

Acolhe-nos como se fôssemos teus filhos.

Irmana-nos a teu filho maior.

Ensina-nos do profundo amor.

Santa Maria. Madre Maria. Mãe Maria.

Anda suave pelos caminhos celestes.

Flutua em nossos pensamentos.

Visita faceira os nossos corações.

Dá-nos o teu colo.

Acolhe-nos junto a teu bendito ventre.

Pois ali estiveste depositado teu bendito filho.

Irmã de nós. Mãe de nós.

Espalha a benção de teu suave sorriso.

Lembra-nos da misericórdia do Pai.

Traz-nos o aroma das flores do céu.

Pois foi por ti, que veio a promessa suave.

A coragem pacífica que deu sua vida por nós.

Enquanto tu foste a testemunha,

E de tua dor deste tuas lágrimas por nós.

 

08/05/2009

Gilberto Brandão Marcon

 

Gilberto Brandão Marcon
Enviado por Gilberto Brandão Marcon em 12/10/2023
Código do texto: T7907386
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