O Ser e o nada
Ó Deus, tu és a plenitude
O alfa e o ômega
A essência de todo o ser
O arquiteto da realidade.
Eu, sou a vacuidade
Um átomo no caos
Um eco no silêncio
Uma ilusão que se desfaz.
Tu me contemplas com amor sublime
E me inscreves no Teu livro.
Tu me atrais para o Teu seio
E me revestes de glória.
Eu te injurio com a minha culpa.
E me oculto da tua face
Eu te renego na minha rotina
E me consumo na minha angústia.
Mas tu não cedes à minha rebeldia
E me alcanças com bondade
Tu me absolves com clemência
E me restauras com ternura.
Eu te exalto com o meu cântico.
E me prostro diante de ti
Sirvo-Te com temor e tremor.
E adoro-Te com toda a minha alma.
Ó Deus, tu és a plenitude
Eu, sou a vacuidade
Mas unidos somos um
Na tua eterna comunhão.