Lei do Caos e Efeito
(Duo-Soneto)
Mirem a beleza em teste; olhos claros, cabeleira.
Princesa e Burgomestre; todos virarão caveira.
Humildade é uma peste; reverenciemos cegueira.
O cego globo terrestre; revanche à pobre toupeira.
Onde está a prece sincera? - Hereges sempre na missa.
Falta verme na cidade. Opa! Estamos cá, na linguiça.
Falta brio à mocidade; há covardia e preguiça.
Desencanto com a verdade; justicemos a Justiça.
Praticar sinceridade; biologia em contramão?
Meu Deus! E a liberdade? - Seria enviado à prisão,
Ao conhecer a verdade; como aconselha João.
O que é, diz que não é; com a inversão em voga,
Imposição, senhor Mané! Cuidado, a turma da toga!
Cadê o país da fé? - Bordel ou casa da sogra!