Uma decisão
O espelho me acusa.
Assim como me examina.
Anuncia minha ida.
E recorda minha torna.
Vou segura de mim.
E volto com um frio indolente.
Chego escoltada.
E retorno desamparada.
Um aperto incansável.
Onde eu deito e reflito.
De um sentimento ausente.
Que me pega desprovida.
Busco seus braços.
Dizendo "quero confessar"
Denuncio o meu Eu.
Te anunciando para mim.
Teus olhos me viam.
Sem mesmo eu cogitar
Aonde quer que vá.
Aí estás.
Preparado para me acolher.
Independente do que eu escolher.
Agindo em meio a desordem.
Constatando sua ordem.