E o Verbo...

O corpo apodrece, mas sagrado

É nele o que mantém a unidade

No centro, flexiona a gravidade,

Assim, o vento e o pó são conjugados

Mas nele há também a santidade,

Qual asa arrancada em ser alado

E sente ainda o dorso ouriçado

Se lembra os plenos voos da verdade

Sujeito, foi soberbo em seu declínio

Gramática do fim, autofascínio

Pois quis ser ele o centro da oração

Porém, o que há no verbo é que é domínio

E toda oração é um patrocínio

Daquilo que é o ânimo das mãos

David Ariru
Enviado por David Ariru em 20/10/2022
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