Vinde ao Amor.
Corres pelas ruas
Com mãos fortes seguras tua Bíblia
Segues para a igreja.
Sorriso contente com todos que encontras.
Sorriso e Bíblia aberta para o sermão, os cânticos.
Permaneces assim
Em vestes elegantes.
Saltos plenos marcam o andar firme
De quem conhece o Deus do Amor.
Aponta a hora para voltares ao teu lar e mais um dia com a família alegre degustar uma deliciosa refeição.
Coloridos pratos, o sabor da comida exala e atravessa a rua.
Em frente a tua casa, com duas crianças sentadas no chão, a mãe clama por um pedaço de pão.
Teus olhos, está imagem não captaram. Estacionaste o carro e de modo repetido em tuas mãos a Bíblia, em teus olhar a porta da entrada de tua casa.
Em imensurável contraste de realidades, segues teus dias, sem perceber.
Chegas no trabalho e abres os lábios para conversar as mágoas que tens com algum colega, com o chefe, ou com o mundo.
As críticas quando as escutas tens o rancor destravado em palavras com o peso da raiva.
Por onde segues teus olhos não conseguem mirar além do teu espaço, da tua verdade que consideras ser a de Cristo.
Mordes as letras e expeles sem esforço pela boca as palavras obscena da vaidade.
Ah! Vaidade da vaidade! Diz o poeta Salomão.
A noite aponta, o dia desfalece e tua vida está baseada na falsa aparência de um amor enxertado de compreensão e solidariedade.
Falso amor!
Falso amor!
Cego amor!
Cristo falou ao homem que se gabava do dia do amanhã: Louco! Louco! Não sabes se amanhã estarás com vida.
Encoberto de soberba ignorância propagas tua imagem de cristã sem Cristo.
Alastrado falas de um discurso sem nexo e com atitudes egoístas vivências dia após dia.
Cristo é amor, o amor que doa, que serve.
Cristo é a palavra, a palavra de amor e que serve.
O olhar de Cristo é esperança de uma vida de amor e servidão.
Escutas nesse instante.
Marcas o teu relógio para a hora da tua verdade.
Despes em totalidade o que tiver nesse coração contaminado pela injúria e arrogância.
Descalças vens ao encontro da verdade, da vida e assim tua visão tornar-se-á ampla e verás um mundo que chora a dor insuportável da necessidade do amor verdadeiro: Cristo.