Passar-se-á

O mundo tomava rumos catastróficos, e tempos difíceis pareciam estar por vir.

Porém, alguns acontecimentos "alteraram" as previsões, e um novo momento se fez surgir.

Uma figura que seria muito importante no meio político seria ferido gravemente.

Mas, ele seria o centro das atenções dos governos, logo após se recuperar do acidente.

Para muitos, ele era o grande salvador do mundo, e era muito admirado.

Para outros - uma minoria, é verdade -, era um grande embuste e muito odiado.

Opiniões à parte, era impossível negar o quanto conseguia ser articulado.

Incrível era o seu poder de persuasão e o modo como jamais era contrariado.

Ele havia aparecido repentinamente para liderar um governo que se apresentou como global.

As falas e as promessas eram muito sedutoras, e se falava até em paz mundial.

A mídia o idolatrava e os chefes de estado o aplaudiam.

O curso do mundo era um só; um rumo onde todos os países seguiam.

Seus discursos eram ovacionados e suas ideias eram aceitas sem discussão.

Pareciam todos hipnotizados, e da 'massa' não havia contestação.

Até mesmo quando as medidas privavam direitos e liberdades individuais; ainda assim aceitavam tudo e viam as coisas como normais.

Ele tinha prazer em estar diante os holofotes, assim como tinha na subserviência da 'massa'.

Gostava também de estar sozinho, ou entre os seus, zombando do povo de forma crassa.

Em sua cúpula, longe das câmeras, ria de forma diabólica, e se divertia.

Em frente a espelhos, se agradava cavilosamente; se saciava por conseguir enganar a maioria.

Havia alguns momentos que seu riso cessava, quando coisas que não eram do seu agrado se recordava.

Contra ele, havia uma resistência e isso o irritava; algumas pessoas preferiam morrer do que aceitá-lo, e essa raiva o dilacerava.

Embora poderoso e completamente industrioso, lhe era sabido que seu reinado teria tempo estimado; pois, um alguém regressaria em definitivo e para sempre ele estaria derrotado.