Preso

Há um elo que nos une.

Uma poderosa força.

Uma antiga canção.

E quando vago por aí.

Buscando meios.

Em cada passo.

Indo de encontro aos desejos.

Nas pegadas.

Vou deixando para trás parte de mim.

Sonhos que construí.

Até que os olhos fechados me levam a cair.

Tropeço em dores e aflições.

No medo.

Tomado de indecisões.

E como um terremoto em minha vida.

Este meu mundo é sacudido.

Já caído, ferido.

É quando me dou conta que nada sou.

Que onde estou.

Onde cheguei quando corri.

É distante.

Bem longe daqueles dias em que sorria ao te contemplar.

Sem pressa.

Sem medo de para um abismo trilhar.

E o simples homem.

Longe.

Em busca de suas próprias canções.

Encontrou apenas um vazio.

Distante do amor que o envolvia.

Daquele que antes sempre ouvia.