DEVAGAR VOU DIVAGANDO

Pela minha estrada fui caminhando

E espalhando boa semente.

Devagar – e sempre, fui divagando.

Atento quanto ao meu caminhar errante.

Por onde passei fui semeando

Grãos de amor e de humanidade.

Alguns ficavam me julgando,

Jurando ser loucura e insanidade.

E até por me verem perdoando,

Pregando a paz e a humildade,

Riram de mim. E ficaram zombando...

Compreendi. Nenhuma novidade.

Ainda assim permaneci ajudando.

E me tornei irmão da caridade.

Obediente, dócil e disciplinado,

Não dei ouvido às adversidades.

Hoje percebo o quão valeu a pena.

Porém muita gente não entendeu.

E sendo assim, assim diz o meu olhar

De gratidão: quem não entendeu fui eu!