Guerra
Soam as sirenes,
Os trovões ecoam.
A calma, encenes...
Entre gritos que destoam.
Essa é a paz
Do mundo a buscar
A ilusão que se desfaz,
Sem nunca saciar.
Ilusão entranhada
De um homem bom,
Uma sociedade avançada,
Uma vida em belo tom.
Um passado esquecido,
Um presente hedonista,
Um futuro enaltecido,
E um coração egoísta.
Que os soldados acordem
Antes que finde o poente,
Pois o inimigo logo vem,
Pronto para matar ferozmente.
E clamem ao Eterno General
Para que salve os aflitos,
Não dos homens, mas do mal,
Que habita nos homens caídos.