Tomé(s)
Não vais por traços tortos, más estradas,
Rumar ao sumo Belo, bom destino,
As cruzes que desenhas, parabólicas,
Não vão te proteger, oblíquo tino.
Se queres só prazer, são más moradas,
Se queres só razão, são desatinos,
As Chagas que não foram segregadas
Da Glória; são seus selos cristalinos.
Teus olhos, horizonte em retirada,
Têm ânsia deste Além; do superfino,
Mas buscam, só de forma enleada,
No ocaso dos sentidos, o Divino.