TEM JESUS NO FINAL
Silenciar a quietude plena,
É reverberar teu ego,
O que verias da cena,
Muito falando, ficou cego!
E se dizes de ti assim,
O que então dirias de mim?
É pleno no falar, fácil no ouvir,
Mas que equilíbrio te faz sentir?
É pobre de ideias, livre de coração.
É um bordão da natureza, inquieto,
Que muito fala sem ter nada, só em vão,
E para ti, o futuro é muito incerto.
É uma tristeza atrás de tristeza,
É uma dúvida atrás de dúvida,
É uma ida atrás de ida,
E muito te falta nobreza.
Não esperou, para que esperar?
Não ficou, para que ficar?
Vá e não volte mais,
Para os tidos banais.
Que tanto resmungou,
Que por hora revogou,
Para não sentir tal loucura,
Que a vida traz na maldade pura.
Aquieta aí, já que não aguenta,
Toda a plenitude que fomenta.
Melhor assim, que magoando,
Melhor outro rindo, que chorando.
Aquieta a boca por enquanto,
Para não sofrer tanto,
Aquieta-te e procura a paz,
Que um dia já foi sagaz,
E agora é só lembrança,
E dia de nova aliança,
Que a morte um dia trará,
E sobre ela resplandecerá,
O que ninguém em vida viu:
O amor de Jesus que resistiu!