O Pão de Deus
Era o mesmo caminho que eu fazia, para levar aos meus pais o alimento.
Mas tudo estava diferente, eu não sabia, que logo o caminho se tornaria
Um cenário de dor e sofrimento.
A última vez que o vi lhe entreguei tudo o que tinha, não tive medo de nada
Interrompi no meio a minha jornada, quando percebi que Ele vinha.
Entreguei a Ele meus pães e dei os peixes também
Quando sua mão levantou, milhares alimentou, na conclusão do seu amém.
Fiquei maravilhado com o que Ele fez. Como é possível ver algo assim?
Era uma multidão sem fim, e saciou a todos de uma vez. Viva! Os anos de fome acabaram
E os cinco pães e os dois peixes alimentaram até mesmo os cães que afortunadamente pelo caminho passaram.
Nunca esqueci aquele dia. E os meus pais que tão pouco esperavam, a Deus glorificavam
Pelo cesto de comida que eu trazia.
Agora veja tristeza ao invés de alegria, dúvida ao invés de certeza, já não há pão para por à mesa, apenas sangue em suas mãos.
Onde estão os seus amigos, seus parentes, seus irmãos? Todos o deixaram, com pressa o abandonaram para sofrer a rude cruz.
O caminho agora está vermelho, e eu vejo como por espelho, o sofrimento de Jesus.
Já não sou mais criança, mas guardo viva a esperança e nunca me esquecerei, que um dia fui instrumento, mesmo que por um momento, a serviço do meu Rei.
Mas não um rei qualquer, pois este é o Rei da vida, e até depois da morte cumprida, não deteve o que Ele é.
Assim como o alimento multiplicou, entregando sua vida nos mostrou, que em cada gota do seu sangue derramado, milhões para si salvou, vencendo a força do pecado.
Ele veio ao mundo buscar o que era seu, e maior que toda multiplicação, é o poder da sua ressurreição, pois este é o verdadeiro pão, que do céu desceu.