De Quem Muito Se Perdoa

Com a vida desgraçada

Na miséria do pecado

Vinha um pobre ser humano;

‘Stava sujo e maltrapilho,

Cabisbaixo e envergonhado,

Sem destino, qual insano.

Igual um barco à deriva,

Açoitado pelas ondas

Num terrível temporal,

Não tinha mais esperança

De achar o porto seguro

Onde ancorar-se do mal.

Errava sempre o caminho,

Pois o mesmo oculto estava

No manto negro da treva.

Quem lhe terá compaixão?...

Quem poderá socorrer

Esse pobre filho de Eva?

Foi assim que Deus me achou,

Nas algemas do diabo,

Na mais triste condição.

Olhou pra mim com ternura,

Compadecido, ergueu os braços

E deu-me firme Sua mão.

Com Seu sangue me lavou,

Vestiu-me com Sua graça,

De um trapo fez nova vida.

Já não sou mais “Zé Ninguém”;

Tenho agora um novo nome,

E ando de cabeça erguida!

Que farei por Meu Senhor

Pela grande salvação

Que operou por mim na cruz?

Vou buscar outros perdidos

Que estão no vale da morte;

Vou levá-los a Jesus!

Eis-me aqui, Senhor! Envia

Este servo ao Teu serviço!...

Neste mister me abençoa!

Porque servir é o dever,

Como eterna gratidão,

De quem muito se perdoa.

Humberto Cláudio
Enviado por Humberto Cláudio em 29/07/2021
Reeditado em 22/09/2021
Código do texto: T7310058
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.