Domingo
Sempre foi domingo no seu braço
Sempre um sol a pino na pupila
No arco do seu olho sua íris
Represa-nos as lágrimas vibrantes
Acolhe as tempestades no regaço,
— Mas todo trovoar é tão instante,
Fugaz, meu relampejo não se imprime—
Peneira o que há na nuvem de sublime,
Mas o que fica e foi, equidistantes,
Do Azul que ao céu sustenta em seu mistério,
Imóvel sobre os nossos dias baços.
Nem sempre o que ofende é deletério;
A nuvem só deforma os próprios traços.
Há climas, estações, e os hemisférios...
Mas sempre faz Domingo no seu Braço