O pródigo
Desfrutei do melhor! Tanto alvor
repousava no íntimo ser...
Atraído, eu corro p'ra ver
uma luz tão sublime — o Amor.
Nunca antes pairou no meu verso
Este olhar compassivo de Cristo
que me acalma, mas eu logo avisto:
— Tanto brilho num só universo...
Assustei-me com tal natureza,
Decaída e perdida nos medos.
Falsidades, delírios, segredos...
Numa vida sem Ti sou a presa!
Ó Senhor de tamanha piedade!
Sei que és grande e de ti m'envergonho
Na miséria este verso componho
Que me toca e me faz ter saudade...
Abraçou-me e de volta pra casa
Eu então pude enfim retornar.
Há mais cor neste céu e no mar!
Teu olhar novamente me abrasa.