GÓLGOTA
AS DORES DO GÓLGOTA
Meus olhos deixaram escapar uma lágrima
Pelo que via, meu coração reprimia aquela maldade,
Que, a humanidade matava o Cordeiro de Deus!
Eu mirava aquela cena num cenário, que dava pena!
O humilde Senhor do amor, e, da misericórdia jazia
No madeiro, pregado, e sangrando em dores...
Cena derradeira do maior dos pecados cometidos!
Do julgamento hipócrita dos judeus foi por esse
Caminho, que, Deus teve piedade dos filhos seus!
Àquela tarde cinzenta, e, tristonha, a natureza
Perdeu a beleza, e, se pôs a chorar...
O Filho de Deus pagou alto preço por amar!
Ele pregado no lenho fitava sua mãe lá embaixo!
E, Ela com seu amigo, fitavam-No na sinistra Cruz!
Mas, estava por vir, a plenitude de uma grande luz!
Minha alma chorava, e ria ao mesmo tempo,
Porque, eu sabia, que, Ele voltaria!
Sua ressurreição foi nossa salvação!
Quando Ele inspirou, e entregou-se o Pai
Minha alma desabou em prantos...
Foi um momento de desencantos!
O que fizeram com o meu Senhor?
Deram-lhe tanta dor como o penhor
Dos nossos pecados, que foram perdoados!
A Cruz chorava em lágrimas de sangue!
As dores de um justo macerava um Corpo
Santo! Ele foi julgado, e, macerado!
Suas chagas foram abertas, e, expostas
À execração pública com requintes de
Acintes à sua santidade, e, fulgor!
O véu do templo rasgou de cima abaixo...
E, tudo fora consumado! Meus olhos
Miravam aquela cena de horrores...
Aqueles servidores do demônio locupletavam-se...
Rasgaram-lhe o lado donde jorrou água, e, sangue!
Baixaram-lhe do alto do lenho, e, O sepultaram!
Ele desceu à mansão dos mortos, e, por três dias,
Numa vigília, os seus, O viram de volta a vida,
E, vida em abundância! Ele ressuscitou!
No alto do Gólgota dois altares foram consagrados:
O da morte na crucificação de Jesus, e, o
Da Vida na sua ressurreição, e, glorificação!
Jose Alfredo