Refúgio

Quando se perde o sentido.

Quando a noite tem mais peso.

E somos levados a uma reflexão.

Há um caminho escuro.

Uma rota a se trilhar.

Um fim o qual alcançar.

Mas nos desapontamentos.

Nas intempéries.

Quando os ventos frios cortam a alma.

Sou pego em meus desgovernos.

Recuo como antes.

Pois em mim, nada mudou.

Em um canto.

Se escuro ou na alva.

Onde tento me esconder.

Se fraco.

Ouço uma voz.

Como um sino ressonante.

Sê forte!

Não pare.

Não espere a sua morte.

E então, já estou aqui.

Pronto para seguir.

Esperando, dessa vez.

Não ser como antes.

Mas alcançar o eterno lugar.

Sabendo que apenas ali.

Ainda que a alma tente se opor.

Estou guardado em seu amor.

Flávio Crisler
Enviado por Flávio Crisler em 25/03/2021
Código do texto: T7215903
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.