Alívio
Somos peregrinos.
Forasteiros em uma terra onde o amor se esfriou.
Vendo o mundo e conhecendo as suas justiças.
Tantos cegos em meio a multidão.
Não enxergam os caminhos do amor.
As belezas daqui.
Agindo como estrangeiros se jogando as águas do mar.
Movidos pela esperança de um novo lar encontrarem.
Buscando sentido sob a força das suas braçadas.
Esperando que por um momento o vento sopre a seu favor.
Cansados e perdidos.
Quando a tempestade assola aquele lugar.
Não tem ao que se agarrar.
E do coração surge o desespero.
Quando sobrevém medo e incertezas.
Mas para aquelas que esperam.
Que aguardam o vento se acalmar.
Há a promessa de um eterno lugar.
Onde o choro é passado.
E repousa o coração do cansado.
Ao sobrecarregado um alívio.
Que filosofia alguma um dia capaz foi de suscitar.
Aos vencedores.
Os eleitos.
Àqueles os quais a corrupção não encontrou morada.
E as doutrinas deste tempo não os afetaram em nada.
Sustento ao seus pés.