Maranathá!

A Noite traduz nosso vão silêncio.

Línguas às vezes só vibram vazios

Não querem se queimar, tíbios pavios.

Dentro o sino dobrou, ficou o som pênsil.

Mas densa é de sentido toda a boca

E mesmo o que não diz não a faz oca.

Clama, pois insuflado foste já e

Com teu Sopro vital mais se falará.

Usa o que foi a ti bem confiado,

Os que não amam vão, vomitarão

Rios para matá-lo sufocado

Clamemos! língua e lábios passarão...

Meu Deus, meu Deus... Tu foste abandonado,

Se mais tardas, as pedras gritarão

David Ariru
Enviado por David Ariru em 17/11/2020
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