À SÚPLICA
Oh, Criador de tudo quanto existe
Da água, do Sol, da Lua, do Mar,
Do Amor que em nós persiste
Da esperança por uma ideia a clarear
Vivemos dias de muita dor, angústia
De noites mal dormidas e acordadas
De pescoços entorpecidos, ausência
De ver quem nos causa letras amarradas
Venha até a nós o Vosso Poder
De modo que se resgate o nosso viver
Que corre para cruzar de sensações
E olhares perto de tudo, dos corações...
Se essa peste passar, sabei Vós quando
E chover calma, abraços, beijos e tudo
Não me passeis por onde à procura ando
De me encontrar com a musa, meu escudo!
Saurimo, Angola, 05/08/2020