Calaram sua voz
Calaram sua voz
Cântico dos Cânticos
Cap. 5, 3-8
Está consumado,
Retiremo-nos.
Esvaziaram-se toda esperança,
Dissiparam-se todas as promessas,
Tudo em vão.
Sob o sangue na cruz,
Vertem-se também os nossos anseios,
Voltemos ao poço que não jorra mais água,
E ao pomar que não dá frutos,
Joguemos as redes para nada pegar.
Apagou-se a luz das nações,
Apagaram-se nossos olhos,
E atrofiaram- se nossas mãos,
À sombra da cruz deixemos nossas sandálias.
Ele já não responde,
Calaram a sua voz.
Desejamos a sua presença, mas o túmulo a absorveu.
Desejamos ouvir novamente suas palavras,
Mas o mundo o calou.
Feriram-nos ao retirar de nós aquEle a quem amamos.
Jerusalém chora a sua ausência,
Que as fendas da Terra se abram,
E traga de volta a nossa esperança.