Rastro de Amor

Rastro de Amor.

Cantares, 2, 1-5

A “solidão” do Lírio,

Que abraça a humanidade,

A solidão do ser,

Que reconhece o seu Senhor.

Caminhos que se cruzam,

Na cruz do calvário,

O eterno que vem a nós,

E os braços abertos a acolher,

O humano e decaído ser.

Tua sombra, teu Espírito,

Sustenta-nos em nossa redenção,

Sob o teu acolhimento,

As razões e certezas que se desfazem,

Ao ver a tua glória.

Batem no peito, mostrando a todos,

Que ali começa uma nova história.

Vida de amor que verte deixando

As manchas do martírio no solo que o sustenta.

Verdades declaradas que não alcançaram corações,

Mas sob a cruz são entendidas e estendidas

A todas as gerações,

Os teus desfalecem de amor,

Ao vê-Lo sublime entregar o Espírito,

E perdoar, pois é que fazes sempre,

É o teu jeito de amar,

A marca de suas gerações,

Estendida a todos os irmãos,

Pois, é assim, que todos os reconhecerão.

Sérgio Ricardo de Carvalho
Enviado por Sérgio Ricardo de Carvalho em 31/05/2020
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