Rastro de Amor
Rastro de Amor.
Cantares, 2, 1-5
A “solidão” do Lírio,
Que abraça a humanidade,
A solidão do ser,
Que reconhece o seu Senhor.
Caminhos que se cruzam,
Na cruz do calvário,
O eterno que vem a nós,
E os braços abertos a acolher,
O humano e decaído ser.
Tua sombra, teu Espírito,
Sustenta-nos em nossa redenção,
Sob o teu acolhimento,
As razões e certezas que se desfazem,
Ao ver a tua glória.
Batem no peito, mostrando a todos,
Que ali começa uma nova história.
Vida de amor que verte deixando
As manchas do martírio no solo que o sustenta.
Verdades declaradas que não alcançaram corações,
Mas sob a cruz são entendidas e estendidas
A todas as gerações,
Os teus desfalecem de amor,
Ao vê-Lo sublime entregar o Espírito,
E perdoar, pois é que fazes sempre,
É o teu jeito de amar,
A marca de suas gerações,
Estendida a todos os irmãos,
Pois, é assim, que todos os reconhecerão.