A MORTE DE CRISTO
 
Deitado no madeiro em forma de cruz,
Está sendo pregado o inocente Jesus.
Sobe o martelo! O martelo, célere, desce.
Carnes são dilaceradas – a dor recrudesce!
 
Pai, ‘não afaste’ de mim o vinho do cálice.
Quero, e devo sentir o seu amaro sabor,
Minha morte terrena deverá ser o enlace
Da humanidade com Vós – Pai e Senhor!
 
Os pregos transpassam a carne ferida.
Os céus se escurecem – sentem vergonha!
É o martelo que martela com a fúria incontida
No coração do homem de enorme peçonha.
 
Jesus sente sede. – “Água – implora o Salvador!”
Servem-Lhe uma esponja em vinagre molhada;
Que não aplaca a sede do inocente sofredor.
-“Perdoa-lhes Pai... eles não sabem de nada!”
 
Na cabeça uma coroa de espinhos é colocada.
Pela testa ferida o Sagrado Sangue escorre.
A cruz – levando o Inocente mártir – é içada.
Jesus queda a cabeça... suspira... e morre!
                             
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Altamiro Fernandes da Cruz
Enviado por Altamiro Fernandes da Cruz em 23/05/2020
Reeditado em 22/08/2021
Código do texto: T6955516
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