Epílogo

Se o coração pensasse.

Pararia onde está.

Se à vida desse ouvidos.

Como à alma costumo escutar.

Procuraria saber onde ficar.

Não me renderia aos meios.

Ou tropecaria em anseios.

Mas correria para o alvo.

Libertando o grito do cativo.

Finalmente ouvindo a voz do aflito.

Anteciparia a morte do ego.

Recusando o caminhar como de um cego.

Sendo auxiliador dos caídos.

E não a pedra que fecha a sepultura.

Dando início ao silêncio.

O tempo adiante.

Velado em primeiro instante.

Escondido sob o medo de ter que regressar.

Levaria para mais perto de Ti.

Introduzindo o fim que tanto adiei.